São Leopoldo Mandic de Castelnuovo nasceu a 12 de maio de 1866 em Castelnuovo de Cátaro (Jugoslávia) e faleceu a 30 de julho de 1942 em Pádua (Itália). Era o penúltimo de dezasseis filhos de Pedro Mandic e de Carolina Zarevic, família católica croata. No batismo recebeu o nome de Bogdan Ivan (Adeodato João). O pai de São Leopoldo Mandic de Castelnuovo trabalhava como armador de barcos que faziam a faina no Mar Adriático, mas por diversos motivos ficou praticamente na ruína. São Leopoldo Mandic de Castelnuovo e os seus irmãos, viram-se assim obrigados a crescer num ambiente pobre, o que lhes imprimiu carácter para o resto das suas vidas. Apesar da infância de São Leopoldo Mandic de Castelnuovo ser pacífica, o santo sofria de uma incapacidade que lhe afetava a fala e uma doença que o impedia de crescer, assim era muito baixo. Com 16 anos, São Leopoldo Mandic de Castelnuovo foi para Udine (Itália) entrando posteriormente no seminário dos Capuchinhos de Veneza. Realizou os primeiros votos no dia 5 de maio de 1885 e mudou o nome para Leopoldo de Castelnuovo, fez a profissão solene três anos mais tarde e foi ordenado sacerdote a 20 de setembro de 1890 em Veneza (Itália). Mesmo pertencendo a uma família católica croata, São Leopoldo Mandic de Castelnuovo cresceu num ambiente predominantemente ortodoxo e sentia-se chamado a trabalhar como apóstolo no meio dos irmãos ortodoxos de Montenegro, mas os seus superiores não o permitiram devido à sua saúde frágil (tinha problemas de fala, via mal, sofria do estômago e padecia de artrite reumatoide. Nos primeiros anos São Leopoldo Mandic de Castelnuovo permaneceu silencioso e oculto no convento de Veneza, atendendo confissões e outros trabalhos internos. Dedicou-se também a pedir esmolas de porta em porta como, então, era costume entre os frades. Em setembro de 1897, recebeu o encargo de presidir o pequeno convento de Zadar, na Croácia na Dalmácia. No entanto, sua esperança de realizar seu projeto missionário durou apenas três anos. Em agosto de 1900, foi transferido ao convento de Bassano del Grappa (Itália) como confessor. Nova oportunidade de ser missionário apareceu em 1905, quando foi nomeado vigário do convento de Capodístria, na Eslovénia. Nesse seu novo ministério, logo se mostrou um conselheiro espiritual estimado e procurado. Passado certo tempo, foi novamente transferido para o convento de Nossa Senhor do “Olmo”, em Thiene (Itália). De 1906 até 1909, continuou como confessor, com exceção de breve intervalo na cidade de Pádua. Na primavera de 1909, São Leopoldo Mandic de Castelnuovo chegou a Pádua, ao convento localizado na praça Santa Cruz. Em agosto de 1910, foi nomeado diretor dos freis estudantes, que frequentavam, em vista do ministério sacerdotal, os cursos de Filosofia e Teologia. Foram anos de estudo intenso e de grande dedicação. São Leopoldo Mandic de Castelnuovo ensinava Patrologia e logo se distinguiu pela sua bondade que alguns julgavam excessiva e contrária à tradição da Ordem Capuchinha. Provavelmente por esta sua característica no ensino, em 1914, frei Leopoldo foi dispensado de ensinar que, para ele, tornou-se novo motivo de sofrimento. No outono de 1914, os superiores pediram a frei Leopoldo Mandic que se dedicasse exclusivamente às confissões. São Leopoldo Mandic de Castelnuovo tornou-se um confessor muito procurado por pessoas de todas as classes sociais que chegavam a vir de fora da cidade. Frei Leopoldo Mandic de Castelnuovo amava muito a sua terra de origem e, por isso, manteve a sua cidadania austríaca. Esta opção fundamentava-se na esperança de que os documentos de identidade facilitassem o seu objetivo de ser missionário na sua pátria. Em 1917 devido à batalha de Caporetto foi interrogado pela polícia e porque não quis renunciar sua cidadania austríaca foi enviado para o sul da Itália. Durante a viagem São Leopoldo Mandic de Castelnuovo encontrou-se com o papa Bento XV em Roma. No final de setembro de 1917, São Leopoldo Mandic de Castelnuovo chegou ao convento dos capuchinhos em Tora (Caserta, na região de Nápoles), onde devia pagar o preço de seu exílio político. No ano seguinte, foi ao convento de Nola (Nápoles) e depois ao de Arienzo (Caserta). Quando terminou a primeira guerra mundial pôde regressar a Pádua. Durante a viagem, visitou os Santuários de Montevergine, Pompeia, Santa Rosa de Viterbo, Assis, Camaldoli, Loreto e Santa Caterina, em Bolonha. No dia 28 de maio de 1919 São Leopoldo Mandic de Castelnuovo chegou ao convento dos Capuchinhos de Santa Cruz, em Pádua, onde reassumiu o seu ministério das confissões. Apesar do seu caráter reservado, a sua popularidade aumentou. Dedicou-se, em todos os momentos, ao ministério das confissões e a orientar espiritualmente a quem recorresse a ele. Nos últimos meses do ano de 1940, a saúde de São Leopoldo Mandic de Castelnuovo piorou progressivamente. No início de abril de 1942, foi internado no hospital. Não sabia que tinha um tumor no estômago. Retornando ao convento, continuou a ouvir as confissões, mas as suas condições de saúde pioravam. Como de costume, em 19 de julho de 1942, confessou todo o dia e passou boa parte da noite em oração. Na manhã de 30 de julho, aos preparar-se para a Santa Missa, desmaiou. Levado para seu quarto, recebeu a Unção dos Enfermos. Poucos minutos depois, enquanto recitava as últimas palavras da Salve Rainha, erguendo as mãos, morreu. São Leopoldo Mandic de Castelnuovo foi canonizado a 16 de outubro de 1983 pelo Papa João Paulo II. São Leopoldo Mandic de Castelnuovo rogai por nós! |