São Fiel de Sigmaringa também é conhecido como São Fidélis de Sigmaringa. São Fiel de Sigmaringa nasceu a 1 de outubro de 1578 em Sigmaringa (Alemanha) e faleceu a 24 de abril de 1622 em Seewis (Suiça). São Fiel de Sigmaringa era filho de Johannes Rey (empresário estalajadeiro, mais tarde presidente da Câmara de Sigmaringa (Bürgermeister)) e de sua esposa Genoveva Rosenberger (oriunda de Tubinga) e foi batizado como Markus Rey. O seu avô paterno, Mathäus, era oriundo de Antuérpia, tendo-se fixado em Sigmaringa em 1529 como parte do séquito que vindo dos Países Baixos acompanhou o conde Carlos I de Hohenzollern (1512-1576) quando este veio tomar posse do governo do Condado de Zollern. A família ganhou propriedades e prestígio na cidade, vivendo segundo as normas da pequena aristocracia urbana. Depois de ter feito estudos preparatórios na sua cidade natal de Sigmaringa, São Fiel de Sigmaringa matriculou-se na Universidade de Friburgo, (atual Suíça), onde estudou Filosofia e Direito civil e canónico vindo a formar-se em Direito no ano 1604. São Fiel de Sigmaringa iniciou uma carreira como advogado na cidade de Colmar, na Alsácia, onde exerceu a profissão durante alguns anos. Católico fervoroso, assumia gratuitamente a defesa dos mais necessitados, tornando-se conhecido pelo seu espírito caritativo. Aos 35 anos e para evitar os perigos morais que comportava a sua carreira, deixou as leis e decidiu seguir outra vocação. São Fiel de Sigmaringa fez-se frade capuchinho em Friburgo, cidade onde tinha frequentado os estudos de Direito. Adotou então o nome religioso de Fidélis (do latim fidelis, "fiel") e impôs a si mesmo viver em obediência, pobreza, humildade, com espírito de penitência, de austeridade e de sacrificada renúncia. São Fiel de Sigmaringa foi ordenado sacerdote a em 4 de outubro de 1612, tornando-se afamado pregador. Depois São Fiel de Sigmaringa foi enviado para a Suíça no contexto das lutas religiosas que se seguiram à Reforma Protestante e à expansão do calvinismo, e foi eleito guardião do convento capuchinho de Weltkirchen, em Feldkirch (na atual Áustria), onde se notabilizou na luta contra o calvinismo, entregando-se fervorosamente ao apostolado católico num momento particularmente difícil da vida da Igreja Católica naquela região da Europa. Face à expansão do calvinismo na região dos Grisões, no leste da Suíça, a Congregação para a Doutrina da Fé enviou são Fiel de Sigmaringa, juntamente com alguns frades auxiliares, com a missão de combater o que a Igreja Católica considerava a heresia calvinista que assolava aquela região. Quando no contexto da Guerra dos Trinta Anos a disputa entre católicos e calvinistas degenerou numa sangrenta guerra civil alinhada pelas posições dos Valões e do Imperador da Áustria, como enviado da Igreja Católica com a missão específica de lutar contra o calvinismo São Fiel de Sigmaringa acabou por atrair a ira das autoridades calvinistas. Após vários incidentes, no dia 24 de abril de 1622, depois de ter sido interrompido com disparos de espingarda numa das suas pregações em Seewis, São Fiel de Sigmaringa foi agredido fora da igreja em que pregara e depois ferido de morte, tendo o seu corpo sido esquartejado. São Fiel de Sigmaringa foi canonizado a 29 de junho de 1746 pelo Papa Bento XIV. São Fiel de Sigmaringa é o protomártir da Sagrada Congregação da Propaganda da Fé.
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